segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
SEGURANÇA DE SALVAÇÃO
O Senhor deseja que seus filhos saibam que são salvos; Ele nos mostra isso através da Sua Palavra (*IJo 5:13). Mas, para abalar o crescimento espiritual dos crentes Satanás lança dúvidas sem fundamento nos seus corações. Um fato a ser considerado seriamente, é o daquela pessoa que professa ser crente mas não demostra evidências de que Cristo transformou sua vida. Provavelmente não é um cristão verdadeiro e, portanto, não é (e nunca foi) salvo (IJo 2:19).
A salvação do crente tem dois tipos de evidências:
A. O Testemunho do Espírito Santo (IJo 5:6b,10a; Rm 8:16; Gl 4:6):
1. O Espírito Santo habita em cada cristão verdadeiro (Rm 8:9; IJo 3:24; *4:13).
2. O Espírito Santo testifica que somos de Deus (*Rm 8:16; Gl 4:6; *IJo 5:13).
a. Desejo pela Palavra de Deus (Jo 6:68,69; *IPe 2:2,3).
b. Desejo de orar (Cl 4:2; ITs 5:16-18; *Rm 12:12)
c. Desejo de ter comunhão com os Irmãos (*1Jo 3:14; Jo 13:34,35; *Hb 10:24,25).
d. Desejo de testemunhar (IPe 3:15).
e. Desejo de fazer boas obras (Ef 2:10; Tt2:14).
f. Desejo de tornar-se mais como Cristo (Jo 13:12-14; IPe 2:21-23).
II. SEGURANÇA DA SALVAÇÃO - PERSEVERANÇA DOS SANTOS
A. Definição:
A perseverança dos santos é uma doutrina que afirma que todo aquele que Deus chamou para a sua graça não pode perder a salvação, mas, certamente, Ele o fará perseverar, pois é eternamente salvo. Apesar de haver a vontade do homem, no final de tudo é Deus que preserva o Cristão através do operar do Espírito Santo no seu coração.
B. Apoio Bíblico Para a Certeza da Salvação.
1. Apoio explícito
a. O selo e o penhor do Espírito (IICo 1:22; 5:5, Ef 1:13).
b. A posição espiritual do crente (*Ef 2:6; Fp 1:6).
c. A proteção por parte de Deus (IITs 1:12; IITm 1:12; 4:18)
d. Nada pode nos separar do amor de Deus (*Rm 8:28-39; 11:29).
e. As palavras do Senhor Jesus (*Jo 5:24; 6:35,*37,51,58; 10:27-29; 11:25,26).
Aqui nos cabe prestar atenção as palavras ditas pelo próprio Senhor Jesus. Segurança maior que esta não pode haver. Vejamos:
Jo 5:24 -"tem a vida eterna - não entra em juízo - mas passou da morte para a vida."
Jo 6:37 -"de modo nenhum o lançarei fora."
Jo 6:51,58 -"viverá eternamente"
Jo 10:27-29 - "Eu lhes dou a vida eterna - jamais perecerão eternamente -ninguém as arrebatará da minha mão - da mão do Pai ninguém pode arrebatar.
Jo 11:25,26 - "Quem crê em mim, ainda que morra viverá ; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente."
Mediante esta vasta gama de passagens bíblicas podemos afirmar, sem medo de errar, que o cristão pode e deve ter certeza da sua Salvação.
2. Apoio lógico
a. Afinal a salvação depende da obra efetuada na cruz ou da fidelidade humana? É um dom gratuito ou tem que ser conquistada por obras (obediência)?
b. Quando recebemos a Cristo, recebemos a vida eterna; se pudéssemos perder a vida eterna, então ela não seria vida eterna.
c. A nossa salvação não depende da nossa perfeição, mas da perfeição da completa obra de Cristo por nós. Ele disse: "está consumado".
d. Qual o tamanho do pecado que nos levaria a perder a salvação; um adultério, uma mentira? Para Deus não tem tamanho de pecado e nós pecamos diariamente.
C. Passagens Aparentemente Difíceis.
1. João 15:1-6 - O fogo não é necessariamente o inferno, mas pode ser o juízo das obras (ICo3:11-15; 11:30).
2. Mateus 24:13 - O contexto é da Grande Tribulação e não da dispensação da Graça.
3. Apocalipse 2:10 - Não devemos confundir coroa da vida (que é um galardão) com a salvação.
2. Hebreus 6:4-6 - Se esta passagem ensinasse a perda da salvação, também ensinaria que uma vez que o cristão perdesse a salvação ele jamais poderia ser salvo novamente. Na verdade Hebreus 6 ensina que é impossível ser lavado duas vezes no sangue de Jesus. Ou seja, o arrependimento do pecado original, que faz com que o Espírito Santo venha habitar no homem, só pode acontecer uma vez na vida. É impossível se apropriar do sacrifício de Cristo mais que uma vez. Pois assim estaríamos desmerecendo a Sua obra que foi perfeita.
D. Conclusão.
Apesar de para nós ser obscuro afirmar a salvação de fulano ou sicrano, da perspectiva de Deus já está definido quem é ou não salvo. Pode acontecer de uma pessoa ser convencida e até ter cargo na igreja local, mas não ter sido convertida, não ter nascido de novo pelo poder do Espírito Santo. Este não perde a salvação, a verdade é que ele nunca foi salvo.
Se fossemos olhar em termos de quantidade, as passagens que falam da certeza de salvação são bem mais claras e numerosas do que as que aparentemente falam da perda da salvação. Portanto, ou a Bíblia se contradiz ou as pessoas que pregam a perda da salvação estão entendendo errado estas passagens. Como a primeira opção é impossível, prefiro crer que estes amados irmãos estão enganados.
TEMPESTADES DA VIDA Mc 4:35-41
As tempestades ocorrem repentinamente, e justamente quando não imaginamos, acabando por desafiar nossas vontades, nossos planos, etc e deixando-nos muitas vezes em desabrigo.
Existem vários tipos de tempestades, são as de ordem financeira, de ordem emocional e até de ordem espiritual. Às vezes pode ser aquela despesa fora dos planos, os problemas da vida, tais como familiares, emprego, etc. e outras vezes nosso arquiinimigo, o diabo, procura tirar nossa paz espiritual.
E a pergunta seria: como obter equilíbrio nestas horas quando as mesmas surgem do nada, repentinamente, e como livrar-nos dela?
Nesta meditação gostaria de afirmar categoricamente que a presença de Cristo nos é suficiente nos momentos de tempestades.
Mas porque a presença dele nos é suficiente?
Simplesmente porque Ele tem seus propósitos, age, e ao mesmo tempo é misericordioso quando passamos por essas tempestades.
I – O PROPÓSITO DE CRISTO EM MEIO ÀS NOSSAS TEMPESTADES
01) Pensemos nos discípulos que estavam com Jesus Cristo:
a) eles estavam no cumprimento do dever, v. 35;
Diz-nos o versículo:
E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
b) eles estavam obedecendo uma ordem do mestre, v. 35, 36;
Diz-nos o verso 36:
E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
c) eles estavam testificando do mestre, v. 36;
E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
02) Pensemos agora nas pessoas que estavam nos outros barcos e no mesmo mar:
a) eles estavam vivendo uma vida normal;
b) eles estavam trabalhando normalmente
03) Observem que ambos tantos os que estavam com Jesus Cristo como os que não estavam, passam por uma terrível tempestade.
O texto bíblico nos informa que repentinamente houve temporal tipo um furacão, ou rajada de vento e as ondas do mar se levantaram se jogando dentro do barco, v. 37:
E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
O barco começou a girar, tudo ficou escuro em alto mar e os discípulos perderam a esperança de serem livres da morte.
04) Mas qual o propósito de Cristo em meio à esta tempestade?
a) Mostrar-nos que todos passam por aflições, mas com a diferença de que aqueles que tem Cristo com eles, mesmo em meio às tempestades lhes surgem uma alternativa: Jesus Cristo Cristo.
b) Mostrar-nos sua divindade e humanidade, v. Lucas 8.23; Hb 4.15 e Mc 4.41.
O texto de Lucas nos informa que o mestre adormeceu, e exatamente de cansaço, e quando vamos para Hebreus 4.15 lemos:
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Mas quando voltamos para Marcos 4.41, percebemos que Jesus Cristo era alguém diferente deles:
E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?
Portanto, a Bíblia nos informa que Jesus Cristo é Deus e Homem ao mesmo tempo. Quando Ele esteve aqui na terra, sofreu tanto como nós e venceu todas as tempestades da vida e como Deus nos aponta o caminho para vencê-las.
II – A AÇÃO DE CRISTO EM MEIO ÀS NOSSAS TEMPESTADES
Após o clamor desesperado e confuso dos discípulos, v. 38: Não é de importância para ti estamos perecendo, o que Jesus Cristo faz é repreender severamente o vento e o mar, v. 39.
E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
01) A ação de Cristo transpõe às ações humanas
a) quando esgotam nossas forças, acabando nossa tranqüilidade Jesus Cristo é nossa única solução.
02) A ação de Cristo desmorona tudo aquilo que aflige nossa alma.
a) No verso 39 Jesus Cristo diz ao mar: cala-te, aquieta-te;
Alguém pode dialogar com o mar? O que quer dizer isto?
Para Deus criar a natureza do nada, Ele falou e tudo se criou, da mesma forma Jesus Cristo fala ao mar, Ele é Deus.
Ao mesmo tempo Jesus Cristo dá uma ordem ao mar: cala-te. Esta palavra grega aparece 7 vezes no Novo Testamento e 2 vezes no Evangelho em Marcos. Na primeira vez que aparece neste evangelho, Jesus Cristo repreendia um demônio, calando-o, e aqui neste texto ele repreende o vento. Não está explícito no texto se esta tempestade foi provocada pela própria natureza, ou se foi provocada por Satanás, o qual tem usado a mesma para prejudicar as pessoas, conforme Jó capítulo 1, mas seja esta tempestade de origem natural ou demoníaca, Cristo tem poder sobre ambos, e se Ele está no barco de nossa vida, Ele desmoronará tudo aquilo que aflige nossa alma.
02) Em Cristo chegaremos são e salvos até nosso destino final.
a) Qual é o seu destino, a sua rota?
Portanto, quando Cristo está presente em nossas tribulações, se clamarmos a Ele, Ele é poderoso o suficiente para agir em meio às nossas tempestades. O mais importante é estarmos nas mãos dEle, porque Ele sabe nosso destino e nossa rota.
III – A MISERICÓRDIA DE CRISTO EM MEIO ÀS NOSSAS TEMPESTADES
Gostaria de levantar a seguinte questão: Cristo tem a obrigação de abençoar pecadores?
Para responder a esta pergunta quero fazer algumas reflexões:
a) O problema de querer vencer tempestades com as próprias forças clamando a Jesus Cristo somente depois de vencidos pela água, como nos diz o v.37:
E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
b) O problema de uma oração mal-feita, na hora errada: Não é de importância para ti, estamos perecendo, este é o sentido do v.38:
Mestre, não se te dá que pereçamos?
c) O problema da incredulidade justamente nos momentos das turbulências, v. 40, 41;
E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?
d) O problema de estar com Cristo sem conhecê-lo completamente, 41;
E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?
e) E finalmente, o problema do temor covarde capaz de conduzi-los ao desespero e derrota.
Evidentemente, que Cristo não tem nenhuma obrigação de abençoar pecadores, diante do exposto, concluímos que eles foram abençoados devido à sua misericórdia. Quando eles chegaram do outro lado, eles podiam sentir o quanto eram pecadores e que estavam lá porque Cristo foi misericordioso para com eles.
Novamente volto afirmar se pensarmos bem à luz destas reflexões, eles começariam a luta já destruída.
Mas se pensamos na misericórdia de Cristo, concluiremos que Ele foi tão gracioso, de tal forma que eles puderam chegar vitoriosos do outro lado.
Conclusão: (01) Que venhamos em nosso dia a dia incluir Jesus Cristo em nossos planos para que quando surgirem as tempestades possamos tÊ-lo conosco;